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Festa do Boto

09/09/2009 01:32

 

 

Botos ganham vida na Festa do Sairé em Santarém no PA

A paradisíaca vila de Alter do Chão, no Pará, recebe milhares de pessoas para a Festa do Sairé. Os moradores revivem a lenda dos botos com a disputa de Tucuxi e Cor-de-Rosa

Por: Suzana Vier

 

 

Publicado em 09/09/2009

Botos ganham vida na Festa do Sairé em Santarém no PA

Vila de Alter do Chão, onde os botos disputam o melhor enredo de sedução (Foto: Rede Brasil Atual/Suzana Vier)

Os moradores de Alter do Chão, vila de Santarém (PA), esperam receber, a partir desta quinta-feira (10) até a segunda-feira (14), 100 mil pessoas para o Sairé, a festa popular mais tradicional e antiga da Amazônia. “Há mais de 300 anos, nossos ancestrais, os índios Boraris, realizam o Sairé”, afirma Marlison Soares, presidente da comissão organizadora da festa.

Numa mistura de rituais religiosos e profanos, tradição e modernidade, o Sairé reúne moradores da pequena vila de Alter do Chão – conhecida como o Caribe da Amazônia, por sua beleza natural paradisíaca – a visitantes de todo país para assistir principalmente à disputa dos botos Cor-de-Rosa e Tucuxi.

A parte religiosa da festa acontece durante o dia, com missas, orações e procissões. À noite, acontecem shows e a disputa dos botos. Os moradores da vila também apresentam manifestações folclóricas como camelu, desfeiteira, lundu, valsa da ponta do lenço, marambiré, quadrilha, cruzador tupi, macucauá, ceuiara.

“O Sairé é uma festa contagiante. Assim como nossos ancestrais, nós realizamos um ritual de agradecimento por tudo que recebemos”, diz Soares.

Os índios Boraris realizavam o Sairé para agradecer as boas colheitas e a população local, quase toda descendente da tribo, mantém o ritual. “É uma comemoração que passou pelo período de colonização, ganhou contornos religiosos por influência dos portugueses e agora mistura profano e religioso”, explica o nativo.

A lenda do boto

Em 1997, a festa do Sairé ganhou novos contornos, quando começou a disputa entre os botos.

Duas associações folclóricas representam e defendem os botos, que todos os anos apresentam um enredo diferente, mas sempre ligado à uma história de sedução. “O folclore local conta que na lua cheia o boto deixa o rio e se transforma em homem para seduzir as moças da vila”, cita Soares.

De acordo com o coordenador do Sairé, uma comissão julgadora avalia 18 itens e elege o boto vencedor. “Em 2008, o vencedor foi o boto Cor-de-Rosa. Este ano, vamos ver quem vai se apresentar melhor”, desafia.

Cada associação folclórica leva em média 800 pessoas para a disputa dos botos. 

O Grupo Sócio Cultural Boto Tucuxi apresenta este ano o enredo “O suspiro da Amazônia” e a Associação Boto Cor de Rosa “Esse rio é minha rua”.

Em 2009, a programação também vai contar com os shows de Babado Novo e Tchakabum, além das atrações regionais.

 

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